…morreu o “Zé Pesca”, na Ilha do Como!. (…”Zé Pesca”, on Como Island, died)!.

…morreu o “Zé Pesca, na Ilha do Como!. (…“Zé Pesca, on Como Island, died)!.

…o corpo e a mente de um veterano de guerra, reage automáticamente aos disparos da memória, sentindo de novo em certos momentos as feridas, o medo e o horror que por si passaram enquanto presente num cenário de combate e, a sua maior maldição é que nunca esquece!. 

(…the body and mind of a war veteran, reacts automatically to the firing of the memory, feeling again at certain times the wounds, the fear and the horror that they went through while present combat scenario and, his biggest curse is that he never forgets)!.

…contudo, já o escrevemos em algumas vezes, o mêdo ou talvez  coragem, que nos ajudou a sobreviver num campo de batalha, não funciona muito bem agora, nesta avançada idade, mas ainda vai sendo possível assumir o control dessa horrível vivência e, vamos continuando a expulsar alguma energia positiva que nos resta, daquela que nos foi roubada, pelo desastre da Guerra Colonial Portuguesa, em África!.

(…however, we have already written it a few times, fear or perhaps courage, which helped us to survive on a battlefield, does not work very well now, at this advanced age, but it will still be possible to take control of this horrible experience and, let’s continuing to expel some positive energy that we have left, the one that was stolen from us, by the disaster of the Portuguese Colonial War, in Africa)!.

…por um período de dois longos anos, o então governo colonial de Portugal, arrancou-nos da nosso aldeia, lá na Europa, naquela encosta agreste da montanha do Caramulo, treinou-nos para combate, metendo-nos no porão de um qualquer navio de carga, navegando pelo oceano Atlântico rumo ao sul, desembarcando-nos numa zona de combate, no interior das selvas, savanas e pântanos da então província da Guiné Portuguesa, onde além do mêdo constante e da angústia, estávamos pagando um preço muito elevado na lotaria da vida, onde nos podia sair um bilhete premiado com a morte, que era muito frequente, bastando andar por ali!.

(…for a period of two long years, the then colonial government of Portugal, dragged us out of our village, back in Europe, on that rough slope of the Caramulo mountain, trained us to fight, getting us into the hold of any ship cargo, sailing across the Atlantic Ocean heading south, disembarking in a combat zone, inside the jungles, savannas and swamps of the then province of Portuguese Guinea, where in addition to constant fear and anguish, we were paying a very high price in lottery of life, where we could get a ticket awarded with death, which was very frequent, just walking around)!.

…com alguma sorte sobrevivemos mas, o síndrome de guerra, leva-nos por todo o tempo do resto das nossas vidas, a uma pesada viajem no Coração das Trevas!. Não mais esquecemos a jornada de um soldado combatente numa mortífera guerra de guerrilha, de um país que nos USOU e nos ESQUECEU, desde a nossa mobilização na época de uma pré-guerra, passando pela miserável experiência no campo de batalha, até a um difícil retorno de pós-guerra, sempre nos IGNORANDO!.

(…with any luck we survive but, the war syndrome, takes us all the time for the rest of our lives, to a heavy journey in the Heart of Darkness!. We no longer forget the journey of a combatant soldier in a deadly guerrilla war, of a country that USED and FORGOT us, from our pre-war mobilization, through the miserable battlefield experience, to a difficult one post-war return, always IGNORING us)!.

…quando o encontramos de novo, o tal pensamento, às vezes em momentos sombrios e silenciosos, tentamos repudiá-lo, mandar para longe, a explosão de uma granada ou o som do bater das lâminas de um helicóptero em cenário de guerra, recolhendo o que resta do corpo de um combatente, embrulhado num camuflado sujo com o seu próprio sangue!. Não importa quantas vezes esses pensamentos nos visitam, pois  terminam sempre da mesma maneira, que é uma catástrofe total!. 

(…when we meet him again, that thought, sometimes in dark and silent moments, we try to repudiate him, send away, the explosion of a grenade or the sound of the blades of a helicopter in a war scenario, collecting what remains of a combatant’s body, wrapped in a dirty camouflage with his own blood!. It doesn’t matter how many times these thoughts visit us, as they always end in the same way, which is a total catastrophe)!.

…nós, que naquele cenário de uma guerra terrestre de guerrilha, éramos o “Cifra”, um soldado desarmado que sabíamos o que não deveríamos saber e, onde a disciplina de um campo de batalha não era lá muito eficaz para a nossa sobrevivência, onde um pequeno descuido ou desleixo, onde as emboscadas, minas ou fornilhos, podiam a qualquer momento fazer com que a nossa alma nos abandonasse, na procura de uma qualquer galáxia distante, onde uma tijela de arroz ou um naco de pão, por vezes era mais importante do que uma ração de combate!.

(…we, in that scenario of a terrestrial guerrilla war, were “Cifra”, an unarmed soldier who knew what we shouldn’t know and, where the discipline of a battlefield was not very effective for our survival, where a small carelessness or negligence, where ambushes, mines or bowls, could at any time cause our soul to abandon us, in search of any distant galaxy, where a bowl of rice or a loaf of bread, sometimes it was more important than a combat ration)!.

…e, as tropas portuguesas, pelo menos no tempo em que estivémos estacionados em zona de combate, assumiam inicialmente uma postura defensiva, limitando-se a defender territórios de vilas ou aldeias já detidas, porque os guerrilheiros, cada vez se encontravam mais bem treinados, agressivos e equipados com uma preponderância de armas automáticas com muitas munições, ao contrário de nós, que naquele horrível cenário, “éramos quase uns soldados sem um país”, para ali mandados, treinados à pressa e mal, com equipamento de combate quase absoleto!.

(…and, Portuguese troops, at least when we were stationed in the combat zone, initially assumed a defensive posture, limiting themselves to defending territories of towns or villages already detained, because the guerrillas were increasingly better trained, aggressive and equipped with a preponderance of automatic weapons with lots of ammunition, unlike us, who in that horrible scenario, “we were almost soldiers without a country”, sent there, trained in haste and evil, with almost absolute combat equipment)!.

…como tal, as forças de infantaria portuguesas, limitavam-se a realizar algumas patrulhas ou operações defensivas, por vezes particularmente devastadoras, porque eram regularmente atacadas fora das áreas povoadas pelas forças dos guerrilheiros e, na situação que acima descrevemos, as forças portuguesas, por vezes sentiam-se algo desmoralizadas, não só pelo crescimento constante dos simpatizantes e pessoal recrutado pelos movimentos de libertação entre a população rural, como pela situação desesperada de ver morrer os seus companheiros, que ali ficavam enterrados para sempre na lama daqueles pântanos!.

(…as such, the Portuguese infantry forces were limited to carrying out some patrols or defensive operations, sometimes particularly devastating, because they were regularly attacked outside the areas populated by the guerrilla forces and, in the situation described above, the Portuguese forces, sometimes they felt somewhat demoralized, not only by the constant growth of supporters and personnel recruited by the liberation movements among the rural population, but also by the desperate situation of seeing their companions die, who were buried there forever in the mud of those swamps)!

…lá naquele interior quase selvagem, vivíamos um cenário de violência, onde os famintos, os doentes, os analfabetos e a miséria eram constantes,  e claro, hoje sabemos que a violência nunca traz uma paz permanente,  não resolve nenhum problema social, pelo contrário, cria novos e mais complicados problemas, e ali era desesperante, onde a segurança não existia, os seres humanos não tinham acesso a alimentos suficientes, água limpa, remédios ou um abrigo necessário para sobreviver!. 

(…there in that almost wild interior, we lived a scenario of violence, where the hungry, the sick, the illiterate and the misery were constant, and of course, today we know that violence never brings permanent peace, it does not solve any social problem, on the contrary , creates new and more complicated problems, and there it was desperate, where security did not exist, human beings did not have access to enough food, clean water, medicine or a shelter necessary to survive)!.

…por algum período de tempo, os guerrilheiros conseguiram reduzir o controlo administrativo e militar português do país para uma área relativamente pequena como a da então província da Guiné e, ao contrário de em outros territórios coloniais, as táticas de combate das forças portuguesas, para se tornarem bem sucedidas, demoraram a evoluir, tendo então começado com operações navais anfíbias, para superar alguns dos problemas de mobilidade inerentes às áreas subdesenvolvidas e pantanosas, utilizando os comandos dos Fuzileiros, assim como Grupos de tropas Páraquedistas, como forças de ataque!.

…for some period of time, the guerrillas managed to reduce the Portuguese administrative and military control of the country to a relatively small area like that of the then province of Guinea and, unlike in other colonial territories, the combat tactics of the Portuguese forces, to become successful, they took time to evolve, and then started with amphibious naval operations, to overcome some of the mobility problems inherent in underdeveloped and swampy areas, using the Marines’ commands, as well as Parachute Troops, as attacking forces)!.

…aqui começa a história que hoje vamos contar, onde relatamos um episódio que nos anda “atravessado” já há muitos anos!. Quando nos sentamos em frente ao computador, começando a trazer este episódio para a realidade, escrevemos umas tantas linhas, pondo tudo de parte, porque a emoção toma conta de nós, é mais forte, o som do “catra-pum-pum-pum”, começa a zumbir nos nossos ouvidos, parece que vamos a fugir para o nosso abrigo preferido, a que eu chamávamos o abrigo “Olossato”, por existir este tipo de abrigos, no aquartelamento algo improvisado, que naquela altura lá existia perto da fronteira, na aldeia de Olossato!.  

(…here begins the story that we are going to tell today, where we report an episode that has been “crossed” for many years!. When we sat down at the computer, starting to bring this episode to reality, we wrote a few lines, putting everything aside, because the emotion takes over us, it is stronger, the sound of the “catra-pum-pum-pum”, It starts ringing in our ears, it seems that we are going to flee to our favorite shelter, which I called the “Olossato” shelter, because there is this type of shelter, in the somewhat improvised quartering, which at that time existed near the border, in the village of Olossato)!.

…no nosso pensamento aparece o “Zé Pesca”, que era um soldado para-quedista, do mesmo grupo de combate do nosso companheiro de infância, também para-quedista, que já aqui mencionámos por diversas vezes, cujo nome de guerra era “Zargo”, e que num certo fim de semana, viémos no “carro dos doentes” à capital da província Bissau, portanto numa sexta-feira, regressando na segunda-feira seguinte na avioneta do furriel Honório, que sempre fazia passagem quase obrigatória na vila de Mansoa, onde estávamos estacionados num aquartelamento que ajudámos a construir e considerávamos um “posto avançado de fronteira”, porque apartir daqui é que era verdadeira zona de combate!.

(…in our thoughts, “Zé Pesca” appears, who was a paratrooper, from the same combat group as our childhood companion, also a paratrooper, who we have mentioned here several times, whose war name was “Zargo”, and that on a certain weekend, we came in the “car of the sick” to the capital of the province Bissau, therefore on a Friday, returning the following Monday in the plane of furriel Honório, who always made an almost mandatory passage in the village of Mansoa, where we were stationed in a barracks that we helped to build and considered a “border outpost”, because from here it was really a combat zone)!.

…voltando ao início, passámos todo o fim de semana, alojados em Bissalanca, nas instalações do Batalhão de Para-quedistas, na companhia do nosso amigo “Zargo” e, nesse sábado fizemos lá uma “tremenda patuscada”, que meteu ostras, ameijoas e camarão, onde bebemos um barril de vinho entre todos, e para não ficar “vestígios”, queimou-se o barril!. 

…back to the beginning, we spent the whole weekend, staying in Bissalanca, in the Battalion of Paratroopers, in the company of our friend “Zargo” and, that Saturday we made a “tremendous patuscada”, that put oysters, clams and shrimp, where we drank a barrel of wine among everyone, and so as not to be “traces”, the barrel was burned)!.

…o “Zé Pesca”, era amigo da farra, lutador, combatente, com a boina verde sempre de lado, corpo de atleta, cujos pais eram agricultores na província do Ribatejo!. Já tínhamos comido e bebido, como tal, bastante “contente”, dizia que não gostava da Guiné, “porque não havia cavalos” e,  que tinha ido para o corpo de Para-quedistas “por causa da farda”!.

(…“Zé Pesca”, was a friend of the party, fighter, combatant, with the green beret always on his side, body of athlete, whose parents were farmers in the province of Ribatejo!. We had already eaten and drank, as such, quite “happy”, said that he did not like Guinea, “because there were no horses” and that he had gone to the body of paratroopers “because of the uniform”)!.

…uns dias depois o “Zé Pesca” morreu!. Ficou crivado de balas disparadas por aquela perigosa arma a que nós chamáva-mos “costureirinha”, que era uma arma metralhadora, que os guerrilheiros usavam em cima de um tripé com duas rodas em ferro, para ser transportada para a zona de combate e usada nas emboscadas, principalmente onde havia capim, fazendo fogo muito rasteiro, com cadência de tiro e som que a identificava e, quase sempre no fim de uma emboscada os guerrilheiros, talvez desesperados, abandonavam-na, ou pelo menos abandonavam o tripé, preocupando-se em retirar os seus mortos ou feridos, usando-a nas mãos, como uma arma vulgar sem as ditas rodas!. Pelo menos era esta a descrição, que  recebíamos nas mensagens, desses heróis combatentes que eram os militares de acção!.

(…a few days later “Zé Pesca” died!. It was riddled with bullets fired by that dangerous weapon that we called “seamstress”, which was a machine gun, which the guerrillas used on top of a tripod with two iron wheels, to be transported to the combat zone and used in ambushes, especially where there was grass, making very low fires, with a rate of fire and sound that identified her and, almost always at the end of an ambush, guerrillas, perhaps desperate, abandoned her, or at least abandoned her tripod, worrying to remove their dead or wounded, using it in their hands, as a common weapon without the said wheels!. At least this was the description, which we received in the messages, of these fighting heroes who were the military in action)!.

…algum tempo depois, perguntando nós pelo “Zé Pesca”, o “Zargo”, explicou-nos com alguns pormenores a causa da morte do “Zé Pesca”, num terrível cenário, onde se encontravam já a algumas horas esperando, numa operação de destruição de uma base dos guerrilheiros, cobertos com a típica capa camuflada impermeável, já com muitos buracos, portanto molhados “até aos ossos”, por uma chuva miudinha e, se não fosse da chuva, era a humidade que naquela altura se fazia sentir!.

(…some time later, asking us about “Zé Pesca”, “Zargo”, he explained to us in some detail the cause of the death of “Zé Pesca”, in a terrible scenario, where they were already waiting a few hours, in an operation of destruction of a guerrilla base, covered with the typical waterproof camouflage cap, already with many holes, so wet “to the bone”, by a small rain and, if it weren’t from the rain, it was the humidity that was felt at that time)!.

…já era noite quando sairam do aquartelamento base onde estavam acantonados, todos beberam muito café, não sabiam se estavam sobre influência, mas estavam nervosos, queriam acção!. Passou um grupo de guerrilheiros perto, onde não deviam intervir, pois em caso de haver tiros toda a operação que seria desenvolvida no futuro, seria denunciada!. 

(…it was already night when they left the base quarters where they were huddled, everyone drank a lot of coffee, they didn’t know if they were under influence, but they were nervous, they wanted action!. A group of guerrillas passed by, where they were not supposed to intervene, because if there were shots, the entire operation that would be carried out in the future would be denounced)!.

…o “Zé Pesca” já aí queria intervir, os companheiros seguraram-no, foram avançando e, já próximo do objectivo não esperou por qualquer ordem, avançou quase sózinho na frente, gritando, disparando, talvez amaldiçoando a sua própria alma, onde os companheiros aterrorizados com aquele movimento de quase suicídio, ouviram a tal “costureirinha”, fazendo ouvir o seu amaldicionado som, do “catra-pum-pum-pum-pum”, que crivou o “Zé Pesca”, fazendo o seu corpo, rodopiar em zig-zague, caindo uns metros à frente, encolhido, crivado de balas!.

(…“Zé Pesca” already wanted to intervene, the companions held him, went forward and, already close to the goal, he did not wait for any order, he advanced almost alone in front, shouting, shooting, perhaps cursing his own soul, where companions terrified of that movement of almost suicide, heard the “seamstress”, making their cursed sound, “catra-pum-pum-pum-pum”, that sifted “Zé Pesca”, making his body, spin zigzag, falling a few meters ahead, huddled, riddled with bullets)!.

…a operação de destruição desenrolou-se, queimaram o pequeno acampamento dos guerrilheiros que estava naquela área, destruindo as instalações e muito material de guerra!. No regresso, transportando o corpo do “Zé Pesca”, trazendo também diversas mulheres guerrilheiras, transportadoras de material de guerra, que depois de feitas prisioneiras acompanharam os militares, por uma certa distância, pois serviam de escudo, pois enquanto acompanhassem os militares, os guerrilheiros não atacavam, onde já a manhã ia alta, perto do local onde deviam ser recolhidos, as libertaram!.   

(…the destruction operation took place, they burned the small guerrilla camp that was in that area, destroying the facilities and a lot of war material!. On their return, carrying the body of “Zé Pesca”, also bringing several guerrilla women, carriers of war material, who after being taken prisoner accompanied the military for a certain distance, because they served as a shield, because while they accompanied the military, guerrillas did not attack, where the morning was already high, near the place where they were to be collected, they released them)!.

…algum tempo depois, os militares do seu grupo de combate, pelo menos em momentos de convívio, olhavam uns para os outros e diziam:

      – morreu o “Zé Pesca”, na ilha do Como!.

(…some time later, the soldiers of his combat group, at least in moments of conviviality, looked at each other and said:

     – “Zé Pesca” died on the island of Como)!.

…enquanto o grupo de combate, a que pertencia o malogrado “Zé Pesca”, esteve estacionado na província, a sua cama nunca foi utilizada, estava lá, feita com roupa limpa, ao lado dos seus companheiros, que antes de se deitarem, lhes davam as boas noites!.

(…while the combat group, to which the ill-fated “Zé Pesca” belonged, was stationed in the province, his bed was never used, it was there, made with clean clothes, beside his companions, who before going to bed, they said good night)!.

…oxalá o país Portugal de hoje, respeitasse os seus combatentes, como estes militares de acção, respeitavam o companheiro morto em combate, pois é dos livros, já muitos escreveram que, “Nação que não respeita o passado, não pode ter bom futuro”!.

(…I wish today’s country Portugal, respected its combatants, like these military men in action, respected the companion killed in combat, as it is in the books, many have already written that, “Nation that does not respect the past, cannot have a good future”)!.

…nós combatentes, defendemos a bandeira, somos passado, de um País que se chama Portugal!. 

(…we fighters, we defend the flag, we are the past, of a country called Portugal)!.

Tony Borie, Século XXI. (Tony Borie, 21st Century).

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