…é história!. No entanto a história faz parte do nosso futuro e, ela conta-nos que infelizmente, centenas de milhares de africanos escravizados, foram importados no século 18, enviados através do Atlântico para as Carolinas, onde o seu trabalho era essencial para a economia das plantações!.
(…it is history!. However, history is part of our future and, she tells us that unfortunately, hundreds of thousands of enslaved Africans were imported in the 18th century, sent across the Atlantic to the Carolinas, where their work was essential for plantation economics.)!
….e a história é-nos contada durante a nossa visita guiada, por actores vestidos a rigor num cenário de floresta tropical, onde se cruzam alguns pântanos, inundados de água e lama escondendo conchas partidas e afiadas, fazendo-nos meditar naquilo que foi o caminho que há mais de 300 anos atrás, corajosos africanos escaparam da escravidão nas colónias britânicas das Carolinas e da Geórgia, fugindo para o sul a pé, buscando a ajuda dos nativos, que viviam no entnao assentamento de Santo Agostinho na Flórida, criando assim a primeira “Ferrovia Subterrânea”!.
(…and the story is told to us during our guided tour, by actors dressed strictly in a tropical forest setting, where some marshes, flooded with water and mud, hiding broken and sharp shells, making us meditate on what it was the path that more than 300 years ago, courageous Africans escaped slavery in the British colonies of the Carolinas and Georgia, fleeing south on foot, seeking the help of the natives, who lived in the then settlement of St. Augustine in Florida, creating thus the first “Underground Railway”)!.
…num breve resumo explicamos as palavras “Ferrovia Subterrânea”, que era uma rede de pessoas, tanto afro-americanas como brancas, que oferecia abrigo e ajuda aos escravos fugitivos do sul, e que lembra o episódio passado no ano de 1831, quando o homem escravizado, de nome Tice Davis, escapou de Kentucky para Ohio, e o seu proprietário culpou uma “ferrovia subterrânea” por ajudar Davis à liberdade e, passados 8 anos, em 1839, um jornal de Washington relatou que um homem escravo fugitivo chamado Jim, revelou sob tortura, todo o seu plano de ir para o norte, seguindo uma “ferrovia subterrânea para Boston”!.
(…in a brief summary we explain the words “Underground Railroad”, which was a network of people, both African-American and white, that offered shelter and help to runaway slaves from the south, and reminiscent of the episode that took place in 1831, when the enslaved man, Tice Davis, escaped from Kentucky to Ohio, and its owner blamed an “underground railroad” for helping Davis to freedom and, 8 years later, in 1839, a Washington newspaper reported that a runaway slave man called Jim, he revealed under torture his whole plan to go north, following an “underground railway to Boston”)!.
…continuando, nem todos sobreviveram!. Aqueles que conseguiram chegar a Santo Agostinho receberam asilo do governo espanhol, recebendo também uma oferta que era única, que era, “a liberdade, em troca de conversão ao catolicismo”, recebendo assim nomes cristãos e, para os homens, um período de serviço militar!.
(…continuing, not everyone survived!. Those who managed to reach Saint Augustine received asylum from the Spanish government, also receiving an offer that was unique, which was, “freedom, in exchange for conversion to Catholicism”, thus receiving Christian names and, for men, a period of service military)!.
…voltando ao nosso percurso por esta floresta tropical, que é a área de Forte Mose, aqui e ali surgiam-nos as personagens que exemplificavam aquela época, explicando que, os primeiros buscadores da liberdade chegaram por volta do ano de 1687, num grupo que incluía oito homens, duas mulheres e uma criança de três anos de idade!.
(…returning to our journey through this tropical forest, which is the area of Forte Mose, here and there the characters that exemplified that time appeared to us, explaining that, the first searchers of freedom arrived around the year 1687, in a group that included eight men, two women and a three-year-old child)!.
…o sabor da liberdade fazia crescer o desejo de muitos homens e mulheres!. A sua bravura era evidente, porque a sua perseguição era interminável!. A viajem incómoda por bosques densos, pântanos e medo de serem capturados mantinha-os em movimento e, aqueles que conseguiram chegar à Florida, estavam livres!.
(…the taste of freedom made the desire of many men and women grow!. His bravery was evident, because his pursuit was endless!. The uncomfortable journey through dense forests, swamps and fear of being captured kept them moving and those who made it to Florida were free)!.
…e, meio século depois, mais de 100 pessoas em busca da liberdade, haviam obtido asilo numa pequena aldeia fortificada, chamada “Gracia Real de Santa Teresa de Mose” que ia sendo construída na fronteira norte de Santo Agostinho!.
(…and, half a century later, more than 100 people in search of freedom, had obtained asylum in a small fortified village, called “Gracia Real de Santa Teresa de Mose” that was being built on the northern border of Saint Augustine)!.
…assim, “Gracia Real de Santa Teresa de Mose”, ou Forte Mose, tornou-se o local da primeira comunidade negra livre, no que hoje são os Estados Unidos!.
(…thus, “Gracia Real de Santa Teresa de Mose”, or Forte Mose, became the site of the first free black community, in what today is the United States)!.
…também nos explicaram que foi um ex-escravizado africano, (era um Mandinga, nascido na região da Gâmbia ou da Guiné, em África, e baptizado como Francisco Menéndez, que havia sido capturado por traficantes de escravos e enviado através do Atlântico para a colónia da Carolina), que liderou a milícia negra livre de Forte Mose!. Como acima explicámos, o seu nome era Capitão Francisco Menéndez, que durante anos, com outros guerreiros, protegeram valentemente a então aldeia de Santo Agostinho!.
(…also explained to us that he was a former African slave, (he was a Mandinga, born in the Gambia or Guinea region in Africa, and baptized as Francisco Menéndez, who had been captured by slave traders and sent across the Atlantic for the Carolina colony), which led the free black militia of Forte Mose!. As we explained above, his name was Captain Francisco Menéndez, who for years, with other warriors, valiantly protected the then village of Saint Augustine!.
…no entanto, quando a Espanha cedeu toda a “La Florida” para a Inglaterra, no ano de 1763, infelizmente os cidadãos de Forte Mose mais uma vez enfrentaram a escravidão!. Assim, os que conseguiram, abandonaram o forte e buscaram segurança na ilha de Cuba, então ainda espanola!.
(…however, when Spain gave up all of “La Florida” to England, in the year 1763, unfortunately the citizens of Forte Mose once again faced slavery!. So, those who succeeded, left the fort and sought security on the island of Cuba, so it still spanks)!.
…e nós, no final da nossa visita a este lugar histórico, prestámos a nossa homenagem silenciosa a estes heróis, abandonando este que foi um refúgio para escravos refugiados das colónias do sul ao norte, porque hoje “Gracia Real de Santa Teresa de Mose, ou Forte Mose, é considerado o “local principal na Trilha do Património Negro da Flórida”, destacando-se como um local precursor da “Ferrovia Subterrânea”!.
(….and at the end of our visit to this historic place, we paid our silent tribute to these heroes, abandoning what was a refuge for refugee slaves from the colonies from south to north, because today “Gracia Real de Santa Teresa de Mose”, or Fort Mose, is considered the “main site on the Florida Black Heritage Trail”, standing out as a precursor to the “Underground Railroad”!.
Tony Borie, Século XXI. (Tony Borie, 21st Century).